I. UM POVO (18:1)
a. João estava na ilha de Patmos e recebeu várias visões de Deus. Na visão do capítulo 18, João viu um poderoso anjo que desceu do céu e iluminou toda a terra com sua glória. Quem é esse anjo?
b. João sabia que se tratava de outro anjo, ou seja, um anjo diferente do anjo do capítulo 17. Ele vem do céu; desce da presença de Deus com uma missão especial. Esse anjo se une ao terceiro anjo do capítulo 14 na proclamação da mensagem final de Deus ao mundo, e suas palavras são uma repetição do que proferiu o segundo anjo do capítulo de Apocalipse 14:8.
c. “A terra se iluminou com sua glória”… Apesar dos esforços de Satanás de envolver a terra em trevas e escuridão, Deus a ilumina com a luz gloriosa da verdade salvadora.
d. Ellen G. White escreveu: “As profecias de Apocalipse dezoito logo se cumprirão. Durante a proclamação da mensagem do terceiro anjo, ‘outro anjo’ descerá ‘do Céu’, tendo grande poder, e a Terra se iluminará ‘com a sua glória’. O Espírito do Senhor abençoará tão graciosamente os consagrados instrumentos humanos, que homens, mulheres e crianças abrirão os lábios em louvor e ações de graça, enchendo a Terra com o conhecimento de Deus e com Sua insuperável glória, como as águas cobrem o mar” (Maranata, o Senhor Vem!, p. 219, 220).
e. O texto deixa claro que será a atuação do Espírito Santo na vida dos fiéis filhos de Deus que trará luz (conhecimento) a este planeta em trevas.
f. Cumprimento profético: chuva temporã e chuva serôdia.
g. Chuva temporã e chuva serôdia eram duas chuvas que caíam na Palestina nos tempos bíblicos. O profeta Joel escreveu: “Alegraivos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia” (Jl 2:23).
h. As chuvas desempenhavam um papel importante na sociedade agrária israelita. As primeiras chuvas, ou chuvas temporãs (do hebraico morêh – Jl 2:23 e Sl 84:7), caíam entre o fim de outubro e o início de dezembro. Essa chuva preparava o solo e facilitava a germinação da semente. Já a última chuva, a “serôdia” (do hebraico malqôsh – Jó 29:23; Jr 3:3; Am 4:7), caía pouco antes da colheita, nos meses de março e abril.
i. A imagem das chuvas temporã e serôdia é aplicada à poderosa obra do Espírito dentro da igreja em duas ocasiões diferentes: uma relacionada à experiência do Pentecostes e outra aos eventos finais antes do retorno de Cristo. A obra escatológica do Espírito anunciada por Joel foi parcialmente cumprida durante o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2:18). Isso pode ser chamado “chuva temporã”. Mas essa mesma profecia que se refere ao “grande e glorioso dia do Senhor”, sugere que uma manifestação mais completa do Espírito Santo ainda era de se esperar (At 2:19, 20).
j. Ellen G. White escreveu: “O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a ‘chuva temporã’, e glorioso foi o resultado. Mas a chuva serôdia será mais abundante” (Atos dos Apóstolos, p. 30). Afirmou ainda: “A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva temporã no início do evangelho, deverão cumprir-se novamente na chuva serôdia, no final do mesmo” (O Grande Conflito, p. 611).
II. UMA MENSAGEM (18:2 e 4)
a. O último apelo de Deus à humanidade aparece nesses versos lidos acima. Deus ainda tem um povo em Babilônia, e esses fiéis devem ser chamados a sair para não participar dos pecados dela e não sofrer “dos seus flagelos”. O chamado “Retirai-vos dela, povo Meu” é a advertência final a ser dada aos habitantes da Terra.
b. Assim como os discípulos, cheios do Espírito Santo no dia de Pentecostes, o remanescente de Deus, cheio da mesmo Espírito, terá uma clara mensagem para anunciar.
c. “Caiu, caiu a grande Babilônia”, porque “tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição”. Essa é a mesma mensagem que foi dada pelo segundo anjo (Ap 14:8). O que é Babilônia? Trata-se da união de todas as organizações religiosas apóstatas da terra. E que vinho é esse? Suas falsas doutrinas. Ela tem dado ao mundo um falso sábado em lugar do sábado do quarto mandamento, e tem repetido a mentira que Satanás proferiu primeiro para Eva no Éden — a imortalidade natural da alma.
d. Sobre esses dois grandes enganos, Ellen G. White escreveu: “Mediante os dois grandes erros — a imortalidade da alma e a santidade do domingo — Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência” (O Grande Conflito, p. 588).
e. Será justamente com base nessas duas doutrinas falsas que o ecumenismo será levado avante. Mas os fiéis não ficaram em trevas quanto a esses enganos: “Durante o alto clamor, a igreja, ajudada pelas providenciais interposições de seu exaltado Senhor, difundirá o conhecimento da salvação tão abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila. A Terra será cheia do conhecimento da salvação. O poder renovador do Espírito de Deus haverá tão abundantemente coroado de êxito os intensamente ativos instrumentos, que a luz da verdade presente irradiará por toda parte” (Review and Herald, 13 de outubro de 1904).
CONCLUSÃO
1 Tempo de Anunciar
a. Este é o tempo de anunciarmos as verdades da Palavra de Deus em contraste com o vinho de Babilônia. b. Ellen G. White nos adverte: “A cada dia, o tempo de graça de alguém se encerra. A cada hora, alguns passam para além do alcance da misericórdia. E onde estão as vozes de aviso e rogo, mandando o pecador fugir desta condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para o fazer retroceder do caminho da morte? Onde estão os que com humildade e fé perseverante intercedem junto a Deus por ele?” (Patriarcas e Profetas, p. 140).
2 Tempo de Interceder
a. “Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes”. (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 345).
b. Esse espírito de intercessão nos desafia hoje a orar por cinco amigos em especial. Você já tem orado por esses amigos? Se não, o que acha de fazermos isso agora?
c. Deus ainda tem muitos fiéis em Babilônia. O próprio Jesus está conduzindo esses sinceros para Seu aprisco (Jo 10:16). Mas Deus deseja usar todos nós para essa grande obra. Há uma mensagem a ser anunciada para que a verdade chegue a muitos corações.
d. Ellen G. White escreveu: “Ninguém deverá sofrer a ira de Deus antes que a verdade lhe tenha sido apresentada à mente e consciência, e haja sido rejeitada. Há muitos que nunca tiveram oportunidade de ouvir as verdades especiais para este tempo. Aquele que lê os corações não deixará que pessoa alguma que deseje o conhecimento da verdade seja enganada quanto ao desfecho da controvérsia. Cada uma receberá esclarecimento bastante para tomar, inteligentemente, a sua decisão” (O Grande Conflito, p. 264).
APELO
a. Deus apela a todos nós: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19).
b. Qual será sua escolha?