SENDO MÃOS AJUDADORAS


Texto bíblico: “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai… para que segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Efésios 4:14-16).

Reflexão: Este mês, estamos intercedendo pelas diferentes classes de pessoas que compõe a comunidade. Pessoas que devido à sua posição ou falta dela, excesso ou carência de bens, ainda não sentiram a necessidade de Deus. Ao mesmo tempo em que o rico, em sua autossuficiência, não sente que precisa de Deus, o pobre, em sua pobreza, pode sentir que Deus não Se preocupa com ele.

Por isso, ele O rejeita. Por mais que nem sempre oremos ou nos preocupemos com a salvação do rico, geralmente os tratamos melhor do que os pobres. Precisamos entender, no entanto, como os pobres são vistos aos olhos de Deus: “Os pobres devem ser tratados com tanto interesse e atenção quanto os ricos. O costume de honrar os ricos e desprezar e negligenciar os pobres é crime aos olhos de Deus” (Conselhos Sobre Saúde, p. 229).

Deus considera não apenas uma falha, mas um crime desprezar e negligenciar alguém por ser pobre. É por isso que, durante o ministério de Cristo, vemos claramente que Ele não fazia distinção de pessoas. Ele participava de festas promovidas por pessoas ricas e importantes, mas a maior parte de Seu tempo era gasta entre a classe mais pobre e rejeitada da sociedade. Cristo conhecia os corações e sabia que era mais fácil uma pessoa que tinha necessidades receber Deus em sua vida, do que alguém que de nada tinha falta.

“Os pobres necessitam conforto e simpatia, pois há os que sem uma mão ajudadora jamais se recobrarão. Na atividade por esses discípulos de Cristo está nossa maior missão. Essa é a mais alta credencial do ministério evangélico” (Beneficência Social. p. 171).

Jesus sabia que muitos dos necessitados jamais se ergueriam daquela condição a menos que alguém lhes estendesse a mão. Foi exatamente isso que Ele quis ilustrar com a parábola do Bom Samaritano. Nesta parábola, Jesus revelou ao mundo a essência de Sua própria missão. Ele, o único que realmente é Bom, investiu tudo no planeta mais obscuro e perdido do universo, que, sem a dependência dEle, jamais poderia alcançar a salvação. Em uma comparação entre a pobreza física e a espiritual, Jesus nos ensina que devemos imitá-Lo ao buscar levar a salvação àqueles que se encontram completamente sem esperança.

Ao encontrar o homem moribundo, o Bom Samaritano parou, deu-lhe , atenção, tratou de seus ferimentos e supriu suas necessidades. Depois levou-o a uma hospedaria e deixou-o aos cuidados do hospedeiro. O Bom Samaritano prometeu recompensá-lo por todas as despesas que tivesse. Num simples incidente, Jesus demonstra a Sua parte e a nossa parte na obra de atender aos necessitados. Nós somos os hospedeiros. Não devemos temer ajudar ao pobre com medo que algo nos faltará. Se ajudarmos as pessoas com tudo o que temos, Jesus promete nos recompensar com o que faltar e muito mais.

Aliviar a dor e o sofrimento dos que estão ao nosso redor é um trabalho muitas vezes rejeitado e até menosprezado, deixado para poucos realizarem, mas, aos olhos de Deus, é a mais alta credencial para os que fazem parte do ministério evangélico. Que inversão de valores na visão do mundo! O Deus de toda a riqueza considera o trabalho com os humildes o de maior valor.

Jesus era amigo dos pobres e deseja que Seus seguidores aprendam de Seu exemplo para que, através dessa experiência, venham a viver uma vida de abnegação como Ele viveu.

“O verdadeiro cristão é amigo dos pobres. Ele trata com o seu irmão perplexo e desafortunado como se trata com uma planta delicada, tenra e sensível” (Minha Consagração Hoje, p. 229).

Que Deus nos dê sensibilidade para lidar com as pessoas carentes da comunidade, não porque assim teremos mais estrelas em nossa coroa, mas porque a sua e a minha mão podem ser as únicas que essas pessoas terão a oportunidade de segurar para se levantar da pobreza física e espiritual.

Atividade: Os necessitados estão sempre ao nosso redor, e talvez você até esteja envolvido em alguma missão com eles, mas como você pode tornar essa missão mais autêntica e sincera. Como você pode demonstrar um interesse genuíno pela salvação deles? Ore e converse com sua família sobre medidas que poderão tomar para levar esperança às pessoas mais carentes da comunidade.