por Alacy Barbosa
“Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos” (Provérbios 27:23).
Ao final de um dia de trabalho intenso e muitas vezes estressante, todos desejamos estar em um
lugar que seja aconchegante, onde possamos relaxar um pouco, sorrir e pensar: como é bom
estar aqui! Sou grato por meu lar, por minha família. Então a pergunta que fazemos é: o que posso fazer para que tenhamos, como família, muitos dias com essa realidade?
Em primeiro lugar, é importante saber que família saudável não é sinônimo de família perfeita, mas sim de uma família que APRENDEU a lidar com seus DESAFIOS, conflitos e a fim de encontrar equilíbrio e boa convivência.
Gostaria de sugerir algumas atitudes:
1 Aprenda a olhar os seus além do superficial – “Perceber o que as pessoas sentem sem que elas o digam constitui a essência da empatia” (Daniel Goleman). Quase sempre, na nossa correria
da vida cotidiana, olhamos para os nossos de modo apressado e tentamos atender as necessidades percebidas: alimentação, moradia, educação e saúde. E essas necessidades são muito
importantes e devem ser bem atendidas. Temos necessidade de atenção e momentos de intimidade quando podemos nos conectar uns aos outros. Carl Rogers conclui: “ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”. Dessa maneira, podemos descobrir as reais singularidades e necessidades do outro.
2 Busque aprender o máximo possível sobre as reais necessidade do outro – Esse é um passo muito importante que requer mais de nosso compromisso, pois a descoberta de necessidades entre os nossos é o começo da jornada. De acordo com Brené Brown, “empatia é sentir com o outro, é conectar-se com
a emoção que o outro está sentindo”. Neste momento, devo me deter em uma observação mais acurada. O ideal é reunir os demais membros da família para compartilhar as informações, a fim de que todos colaborem tanto na percepção da situação real quanto na busca dos melhores caminhos para atender a
necessidade que, agora, não é só do outro. É nossa, da família.
3 Implementação das possíveis soluções – Essa etapa é muito desafiadora, mas prazerosa. A jornada da vida requer de nós o reconhecimento de nossas limitações, o que nos faz lançar mão de novos conhecimentos, estratégias e recursos, mudança de postura e atitude pessoal. Temos que agir. Ellen
White nos orienta:
Os pais devem acostumar-se a pensar e a encontrar soluções. Se perseverarem nesse sentido, verificarão estarem adquirindo a faculdade em que se julgavam deficientes, estarem aprendendo a formar
corretamente o caráter dos filhos. (Orientação da Criança, p. 150)
O que, no começo, pode parecer como um desafio, acaba se transformando em uma linda jornada de amor e aprendizado.
Alacy Mendes Barbosa, é pastor e diretor do Ministério da Família e Ministério das
Possibilidades da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países da América do Sul
