AMOR VIVO

Semana Santa – 7° Dia | Sexta-feira


Relato
No dia 9 de maio de 2016, a Revista Veja publicou um artigo sobre a crença na ressurreição de Jesus Cristo. O artigo afirma que essa crença foi o que tirou o cristianismo
de uma classificação de seita para transformá-lo na maior religião do planeta e cita 1
Coríntios 15:13-17, NTLH:

“Se não existe a ressurreição de mortos, então quer dizer
que Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, nós não temos nada
para anunciar, e vocês não têm nada para crer. E mais ainda: nesse caso, estaríamos
mentindo contra Deus, porque afirmamos que Ele ressuscitou Cristo… E, se Cristo não
foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos em seus
pecados”.

De fato, a ressurreição de Cristo é nossa grande certeza de vitória sobre a morte.
Sua ressurreição é nossa esperança e nossa vitória. Sim, o túmulo está vazio. Sim, Ele
vive!

Você já se perguntou qual seria o fato principal que torna a religião cristã diferente
das demais? Seria o nascimento virginal de Jesus? Seriam, por acaso, os ensinos de
Jesus sobre uma vida centrada no amor? Seria a força transformadora de seu Livro
Sagrado? Na verdade, o fato mais significativo que separa o cristianismo de todas as
outras religiões é a ressurreição de Cristo.
Milhares de pessoas fazem peregrinação para prestar culto e adoração na tumba
com os restos mortais de Maomé. Sabemos que os restos mortais de Buda ainda existem também. Mas, a tumba de Jesus Cristo está vazia. Sobre aquela tumba vazia esteve
o fundador da única religião capaz de afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem
crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25).
O que a ressurreição de Cristo significa para o cristão? É realmente muito triste
a tendência de celebrarmos o maravilhoso significado da Páscoa reduzindo-a a coelhinhos e ovos coloridos.

O maior motivo de gratidão e o grande significado dessa
data são que Cristo vive e que o homem pode viver com Cristo. Somente o homem,
a mulher, o menino e a menina que vivem com Cristo realmente sabem com certeza
que Cristo vive.


O sacrifício de Cristo resulta em salvação. A morte de Jesus resulta em vida para
nós. Cristo vive porque Ele nos mostra diariamente através de Seu amor como viver.
As pessoas que não creem e não vivem com Cristo jamais conhecerão a maravilhosa
esperança que Sua ressurreição promoveu.
Você mesmo já se perguntou: Como posso saber se a ressurreição de Cristo é verdadeira? Nós sabemos que Cristo vive porque Seu amor nos mostra diariamente como
viver. Seguem quatro exemplos práticos que nos dão certeza de que Cristo vive. Ele é
o amor que vive.

I. O amor que perdoa
Um problema que nem todas as pessoas estão aptas a admitir, mas que todas as
pessoas têm, é o de lidar com o perdão. Achamos muito difícil perdoar aqueles que nos
traíram, que tiraram vantagem de nós, que nos acusaram erroneamente, que falaram
mal de nós. E porque acreditamos ser difícil e até mesmo impossível perdoar aqueles
que abusaram de nós, achamos, às vezes, que é impossível acreditar que Deus pode nos
perdoar quando O tratamos da mesma forma.
Portanto, vivemos com o problema do perdão. Mas, quando Jesus vive em nós, Ele
nos ajuda a nos lembrarmos do que o próprio Jesus faria em nosso lugar.
A cruz foi o último púlpito de Jesus, e, para esse último sermão, Ele preferiu nos
ensinar sobre o perdão. “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Contudo, Jesus dizia:
Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. …” (Lucas 23:33, 34).
Será que há uma significância no fato de que esta oração de perdão tenha sido a
primeira coisa dita por Jesus na cruz? “Pai perdoa-lhes.” Nada irá bem em sua vida
até que você possa orar a mesma oração que Jesus orou: “Pai, perdoa-lhes”. Isso deve
vir antes de qualquer coisa. Não pode haver crescimento na experiência espiritual até
que possamos orar essa oração de perdão. Primeiramente, Jesus orou perdoando. Orar
antes é o prenúncio do crescimento espiritual e do alívio do perdão.
Se você tem dificuldade em acreditar que Jesus o perdoa, veja: Ele perdoou aqueles
que O pregaram na cruz antes mesmo que eles pedissem. E se Ele pode perdoar aqueles que O pregaram na cruz, certamente podemos acreditar que Ele pode nos perdoar
também.
E assim, todos nós podemos viver envolvidos saudavelmente com a questão do
perdão: perdoando os outros e aceitando o perdão de Cristo. Quando Jesus habitar em
nosso coração, nós nos lembraremos de como Jesus lidou com a questão do perdão.
Então, nós faremos o mesmo.
Então, saberemos com certeza que Cristo vive. Esse é o amor que vive. Sabemos
com certeza que Cristo vive, porque Ele diariamente nos mostra como viver.


II. Só existe vida plena com Cristo
Jesus está na cruz: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli,
Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46).
Qual era o terror da cruz? Não foi a dor. Jesus não clamou nenhuma vez: “Que dor,
Que dor, que dor insuportável!” Qual era o terror da cruz? Não foi o fato de Cristo haver
sido negado por Seus amigos. Ele nunca clamou: “Meus discípulos, meus discípulos,
por que vocês me desampararam?” O terror da cruz era que o pecado separou Jesus
de Seu Pai. E a separação de Deus é a maior tragédia que pode acontecer a um ser
humano. É exatamente por isso que Jesus clamou: “Meu Deus, Meu Deus, por que me
desamparaste?”
Você já parou para pensar que, quando existe uma separação entre você e Deus,
tudo o que você tem a fazer é confessar seu pecado? Mas os pecados que Jesus tomou
sobre Si não haviam sido cometidos por Ele. Então, como poderia confessá-los? A separação parecia completa, total.
O que foi que matou nosso Salvador? A cruz? Não. Levava alguns dias para alguém
morrer na cruz. O que foi que matou nosso Senhor? Será que foi a espada que feriu Seu

lado? Não. Ele já estava morto nessa hora. O que foi então que matou nosso Salvador?
Foi a separação do Pai, foi o pecado que se interpôs entre Ele e Deus.
Temos que solicitar a Jesus que nos faça entender a seriedade do pecado. Todos
nós vivemos com o problema de nos esquecer da seriedade do pecado. Meus queridos
amigos, se o pecado se interpôs entre Ele e Deus, se a separação matou Jesus, como podemos imaginar que estamos vivendo de verdade quando estamos separados de Deus?
Só existe vida de verdade para aquele que anda com Cristo.


III. O amor que se importa
Todos nós temos ofendido ou falhado em ajudar alguém. E podemos ainda ser
mais incisivos: Quanto tempo faz que você não dá atenção para sua mãe? Todos enfrentamos o problema da desconsideração, mas, quando Jesus mora em nós, seremos
prova de que o amor que Ele demonstrava era real e ativo.
Não sei se alguém que não é mãe pode verdadeiramente entender o horror da cruz
para Maria. A agonia de Maria era a agonia de uma mãe. Maria estava em completo
desespero enquanto via Jesus sobre a cruz. Seu coração sangrava com os ferimentos de
Jesus. Mas Jesus teve consideração com ela e foi amável.
Mesmo em agonia, desespero e frustração, Jesus foi amável. Você pode pensar que
seria mais atencioso(a) se não fosse tão ocupado(a). Quem esteve mais ocupado do que
Jesus na cruz? Mas, mesmo assim, Ele foi atencioso e Se importou. Jesus sabia que o
coração de mais alguém estava partido, e Ele Se importou e cuidou.
Jesus também teve tempo para Se lembrar de Seu amigo João, o discípulo a quem
Ele amava. E, naquela hora, Jesus, o grande doador, entregou Sua mãe a João e João para
Sua mãe. Ela tinha um filho e agora teria João. João tinha um melhor amigo e agora
teria Sua mãe. Quando tivermos o problema da falta de atenção, de carinho e amor, se
Jesus morar em nós, então seremos atenciosos e cuidadosos.


IV. Um amor perseverante
“Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (João 19:30). As palavras finais da vida de Jesus são estas: “Está
consumado”. Através da morte de Cristo, Deus cumpriu Sua promessa. Ele concluiu
Seu plano de oferecer resgate à raça humana. O que Jesus começa, Ele termina. Não é


confortante saber que, o que Jesus começou em você, Ele planeja terminar? Você pode
até haver desistido de tentar, mas Jesus não desistiu de você. O que Ele começou em
sua vida, Ele planeja terminar.

Alguns de nós mudamos de lado com muita frequência. Quando vamos à igreja,
junto às pessoas religiosas, somos religiosos. À noite, quando não estamos na igreja,
pertencemos a outro grupo. Somos inconstantes. Somos como Pedro, confessamos o
Senhor em um momento e, antes que a noite termine, nós O negamos.
Como precisamos da perseverança de Jesus! Lembre-se do exemplo e da admoestação de Cristo hoje. Esteja junto a Ele até que você possa dizer “está consumado”.


Testemunho
Adriano Luz experimentou a dor causada pelo alcoolismo que destruiu seu núcleo
familiar. Aquela realidade era como se uma bomba atômica fosse jogada no centro
da convivência de sua família. Com uma vida desestruturada, ele acabou buscando
respostas em cisternas vazias. Mas foi o amparo de jovens que testemunharam de um

Cristo vivo que o ajudou a ter uma virada em seu destino e o convenceu de que Cristo
é um Salvador que vive.
Um dia, aos 22 anos, ele estava tão triste, com o peito tão apertado que chegava a
sentir falta de ar. Saiu do quarto para poder respirar e perguntava: “Deus, o que está
acontecendo? Onde posso encontrá-Lo?” E ele se lembrou de uma igreja que havia
visto ali perto, foi até lá, viu uma luz dentro da igreja e ouviu uma música que tocava.
Ele resolveu entrar e, quando abriu a porta da igreja, aquela música lhe bateu no peito
e parece que desamarrou o que o estava apertando. Ele entrou, sentou-se e chorou. O
sorriso largo e iluminado daqueles jovens provou para ele que Cristo ainda vive. O
acolhimento daqueles jovens mostrou um verdadeiro compromisso com o próximo.
É espetacular. É assombroso ver Cristo vivo na vida das outras pessoas. Todo aquele
que realmente ama a Cristo prova que Ele vive e pode marcar a vida de alguém com
suas atitudes.
Portanto, hoje sabemos que Jesus vive, não para ocupar o trono do Céu. Ele vive
para ocupar o trono de seu coração. E a maior prova de que Jesus vive é que Ele está
vivendo em você.

Quando se deparar com um problema prático do dia a dia, estabeleça como padrão de sua vida perguntar a Jesus o que você deve fazer.
Esteja preparado para fazer o que Ele pede. Muitas pessoas nunca verão uma tumba vazia, mas verão sua vida. E elas devem saber com certeza que Jesus vive, porque o
amor de Jesus vive em você.