COMO SER SALVO?

Semana de Evangelismo da Mulher – Dia 2


Texto bíblico: Mateus 26:36-46
História bíblica: Jesus Se aproxima do Getsêmani acompanhado por Seus
discípulos. Jesus ora sozinho no Getsêmani. Existem outras formas de salvação?
Jesus decide fazer a vontade de Seu Pai.
Propósito: A salvação é somente pela fé através do sacrifício expiatório de Cristo.
Princípio doutrinário: O sacrifício expiatório de Cristo.
Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, capítulo 74, “Getsêmani”.


MOTIVAÇÃO
Há alguns anos, em um pequeno povoado no litoral, houve um incêndio em
uma casa. Uma mãe e seu filho ficaram presos no segundo piso, e as chamas tomaram o edifício rapidamente. Vizinhos, desesperados para salvá-los, tentaram,
sem sucesso, encontrar uma forma de chegar até eles.
Em meio ao caos e ao pânico, um jovem bombeiro chamado Carlos, que estava de plantão nesse dia, chegou ao local. Sem pensar duas vezes, colocou seu
equipamento de proteção e entrou no perigoso edifício em chamas. À medida
que subia pelas escadas, a fumaça e o calor se tornavam mais intensos, mas Carlos estava decidido a regatar a mãe e o filho.
Por fim, Carlos encontrou a mãe e o filho presos em um quarto. No entanto,
as chamas se espalharam rapidamente e bloquearam a única saída. Sem tempo
suficiente, Carlos tomou uma decisão ousada. Ele sabia que não havia tempo
suficiente para esperar que os reforços ou equipes especializadas chegassem.
Então, ele decidiu enfrentar o perigo e usar seu próprio corpo como escudo para
proteger a mãe e o menino.
Carlos colocou a mãe e o menino atrás dele e os cobriu com seu corpo enquanto as chamas os rodeavam. Seu ato de sacrifício permitiu que os três fossem
resgatados a tempo por outros bombeiros, que finalmente conseguiram abrir
uma rota de fuga. Carlos sofreu graves queimaduras, mas sua determinação e
coragem salvaram a vida de duas pessoas naquele dia.
Essa história real de sacrifício e coragem nos mostra um pequeno reflexo
do sacrifício de Jesus pela humanidade. Assim como Carlos, Jesus Se colocou
entre nós e o perigo do pecado e da morte. Ele tomou nossos pecados sobre Si
e suportou o castigo que merecíamos, para que pudéssemos ser regatados e ter
a vida eterna.
INTRODUÇÃO
Queridos irmãos e amigos, hoje nos reunimos para refletir sobre um dos momentos mais significativos na vida de nosso Salvador e decisivo para o destino de
todo o Universo: Sua decisão no Getsêmani. Em Mateus 26:36-46, encontramos
Jesus em um estado de profunda angústia enquanto Se prepara para enfrentar a
cruz. Quais foram os momentos mais angustiantes que você teve que viver? Talvez a morte de um ente querido, problemas com um filho ou uma doença súbita.
Convido você a abrir a Bíblia em Mateus 26:36-46.


JESUS, EM ANGÚSTIA E ORAÇÃO (MATEUS 26:36-46)
No jardim do Getsêmani, encontramos uma das cenas mais comoventes da
obra de nosso Salvador em favor da humanidade. Nesse jardim, “os pecados dos
homens pesavam duramente sobre Cristo, e esmagava-Lhe a alma o sentimento
da ira divina” (O Desejado de Todas as Nações, p. 485). Jesus, em Sua humanidade, experimentou uma angústia tão profunda que suou gostas de sangue. Apesar
disso, Ele Se submeteu totalmente à vontade do Pai: “Meu Pai, se é possível,
passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”
(Mateus 26:39). O que aconteceu no Getsêmani?
Encontramos Jesus no jardim do Getsêmani, enfrentando uma imensa
angústia enquanto Se prepara para enfrentar a cruz. A descrição do Seu
estado emocional é impressionante: “Então, chegou Jesus com eles a um lugar
chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou
além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito” (Mateus 26:36-37). Ellen White diz: “A carga
do Salvador era demasiado pesada para o estado de fraqueza e sofrimento em
que Se achava. Desde a ceia pascoal com os discípulos, não tomara Ele nenhum
alimento, nem bebera. Angustiara-Se no jardim do Getsêmani em conflito com as
forças satânicas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 524). Naquele momento,
Jesus estava carregando o fardo dos pecados da humanidade, sentindo o peso
de cada pecado passado, presente e futuro. A imensidão desse fardo provou ser
avassaladora para Sua humanidade, e Sua angústia foi tão grande que suou gotas
de sangue.
Apesar de Sua angústia, Jesus se volta para Deus em oração. Mateus nos
diz: “E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu
quero, mas como tu queres” (Mateus 26:39). Jesus, em total submissão e entrega
à vontade do Pai, reconhece que o sofrimento que se aproxima é avassalador
e busca a possibilidade de ser separado dele. No entanto, Sua oração revela
finalmente Sua posição de Se submeter à vontade divina, acima de Sua própria
vontade. Ellen White diz: “Todo o Céu, bem como os não caídos mundos, foram
testemunhas do conflito. Com que profundo interesse seguiram as cenas finais
da luta! Viram o Salvador penetrar no horto do Getsêmani, a alma vergando
sob o horror de uma grande treva. Ouviram-Lhe o doloroso grito: ‘Meu Pai, se é
possível, passe de Mim este cálice’. Mateus 26:39. À medida que Dele era retirada a presença do Pai, viram-nO aflito por uma dor mais atroz que a da grande
e última luta com a morte. Suor de sangue irrompeu-Lhe dos poros, gotejando
no chão. Por três vezes foi-Lhe arrancada dos lábios a súplica de livramento” (O
Desejado de Todas as Nações, p. 538). Naquele momento crucial, Jesus entende
completamente a importância de Seu sacrifício e a necessidade de cumprir o
plano de salvação. Embora Sua humanidade ansiasse evitar o sofrimento, Seu
amor e compaixão pela humanidade o levaram a aceitar o cálice amargo e a Se
submeter à vontade do Pai.
A angústia de Jesus no jardim do Getsêmani mostra Sua humanidade
e Seu profundo amor por nós. Sua disposição para enfrentar o sofrimento e a
morte demonstra Sua total entrega e compromisso com nossa salvação. Isso nos
ensina que, mesmo em nossos momentos mais difíceis, devemos buscar a vontade de Deus e nos submeter a ela e confiar em Seu plano e amor incondicional.


A SÚPLICA DE JESUS A SEUS DISCÍPULOS (MATEUS 26:40-41)
Enquanto Jesus enfrentava a agonia, Seus discípulos não puderam vigiar com
Ele nem por uma hora. “E disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar
comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:40). A fraqueza de Seus discípulos despertou a simpatia em Jesus. Ele temia que eles não fossem capazes de
suportar a provação que passariam na hora de Sua entrega e morte. Ele não os
repreendeu, mas disse: “‘Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.’ Mesmo
em Sua grande agonia, buscava desculpar-lhes a fraqueza. ‘O espírito na verdade
está pronto’, disse, ‘mas a carne é fraca’” (O Desejado de Todas as Nações, p.
487). Essas passagens nos ensinam o seguinte:
Jesus ensina Seus seguidores sobre a importância da oração e da vigília,
para não cairmos em tentação. Nessa passagem, Jesus Se dirige a Seus discípulos, Pedro, Tiago e João, que O acompanharam ao jardim do Getsêmani. “E,
voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então,
nem uma hora pudeste vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:40-41).
Eles não puderam vigiar com Ele nem uma hora. Estavam à beira da provação
e não puderam orar um momento fervorosamente para que não entrassem em
tentação. Embora Jesus estivesse passando por um momento de angústia e precisasse de apoio e da companhia de Seus discípulos, Ele os encontrou dormindo.
Isso mostra a falta de vigilância e descuido espiritual dos discípulos naquele momento crucial.

Jesus os exorta a vigiar e orar para evitar cair em tentação. Ele entende
a fraqueza humana e a luta entre o espírito e a carne. Seus discípulos não compreendiam totalmente a importância de vigiar e orar com fervor a fim de resistir
s tentações do inimigo. Naqueles momentos cruciais e decisivos do destino da
humanidade, a companhia e a oração dos discípulos teriam sido de grande conforto. Jesus, em Seu amor e preocupação por Seus discípulos, adverte-os sobre a
importância de orar e de vigiar, reconhecendo que somente por meio da comunhão constante com Deus eles podem resistir às tentações e permanecer firmes
em Sua fé.
Não nos esqueçamos de que Jesus tinha que enfrentar essa provação com
Sua natureza humana e de que “O coração humano anseia simpatia no sofrimento. Esse anseio, experimentou-o Cristo até ao mais profundo de Seu ser. […] Foi
ter com os discípulos, com o aflitivo desejo de ouvir algumas palavras reconfortantes” (O Desejado de Todas as Nações, p. 486).
Essa súplica de Jesus aos Seus discípulos nos ensina uma valiosa lição.
Nos momentos de provação e dificuldades, é primordial permanecer alerta e em constante comunhão com Deus. A oração nos fortalece e nos ajuda
a resistir às tentações do inimigo. Além disso, a vigilância é fundamental para
evitarmos cair em armadilhas espirituais e nos mantermos firmes em nossa fé.
Em nossa vida diária, também podemos ser como os discípulos, negligenciando
nossa vida de oração e permitindo que a carne prevaleça sobre o espírito. Mas
Jesus nos encoraja a permanecer alertas, a orar fervorosamente para evitar cair
em tentação e a permanecer firmes em nosso relacionamento com Deus.


A VITÓRIA DE JESUS SOBRE A TENTAÇÃO (MATEUS 26:41)
Ellen White destaca três momentos cruciais para a vitória de Cristo sobre
Satanás: “No deserto da tentação, no jardim de Getsêmani e sobre a cruz, nosso Salvador lutou com o príncipe das trevas. Suas feridas se transformaram em troféus de Sua vitória em favor da raça humana” (Profetas e Reis, p. 410). A decisão
de Jesus no Getsêmani foi uma vitória sobre a tentação, demonstrou Seu poder
e força espiritual.
Na passagem de Mateus 26:41, Jesus diz aos discípulos no jardim do Getsêmani: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca”. Essas palavras de Jesus revelam Sua compreensão da luta entre o espírito e a carne, e o chamado para vigiar e orar a fim
de evitar cair em tentação.
A tentação é uma realidade que todos enfrentamos em nossa vida cristã. No
entanto, Jesus é o perfeito exemplo de como resistir e vencer à tentação. Ao longo de Sua vida, Jesus foi tentado em todas as áreas, mas Ele nunca cedeu para
o pecado. Ele entende nossa debilidade e nos mostra o caminho para vencer. A
vitória de Jesus sobre a tentação nos ensina várias lições importantes.
Em primeiro lugar, mostra a importância de vigiar e orar. Jesus nos exorta
a vigiar e orar para evitar cair em tentação. A oração nos conecta com o poder
divino e nos fortalece para resistir às tentações que enfrentamos. A vigilância nos
ajuda a estar alertas e conscientes das armadilhas do inimigo.

Em segundo lugar, a vitória de Jesus nos mostra que é possível resistir
à tentação. Mesmo que a carne seja fraca, o espírito está disposto. Jesus nos dá
o exemplo de como podemos confiar no poder de Deus e resistir às tentações
que enfrentamos. Sua vitória sobre a tentação nos dá esperança e mostra que
podemos superar qualquer luta que enfrentarmos.
Por último, a vitória de Jesus mostra Seu amor e compaixão por nós. Ele
enfrentou a tentação e a venceu para que pudesse nos redimir e nos mostrar o
caminho para uma vida abundante Nele. Sua vitória é um ato de amor incondicional pela humanidade e uma prova de Seu poder de transformar nossas vidas.
Que a vitória de Jesus sobre a tentação no jardim do Getsêmani seja um
constante lembrete para nós. Que ela nos inspire a ser vigilantes, a orar constantemente e a confiar no poder de Deus para resistir às tentações que enfrentamos.
Que possamos nos encorajar mutuamente na luta contra o pecado e nos apoiar
na graça e no amor de Jesus para obter a vitória.

CHAMADO
Hoje, eu convido você a refletir sobre o significado deste sacrifício. Aceitar
o sacrifício de Jesus no jardim do Getsêmani envolve reconhecer nossa necessidade de salvação e abrir nossos corações ao Seu amor e graça. Significa nos
arrepender de nossos pecados e confiar no perdão que Jesus oferece. Significa
nos render ao Seu senhorio e seguir Seus ensinamentos e exemplo em nossa vida
diária. É também reconhecer que, em nossos momentos de grande angústia, há
alguém que está disposto a nos acompanhar e abraçar, Jesus, que não é apenas
nosso Salvador, é também nosso amigo.
No Getsêmani, o destino do Universo foi decidido. Jesus decidiu salvar você
porque Ele lhe ama. Hoje, você também tem a oportunidade de decidir. Sua
própria salvação está em jogo. Se você quiser aceitar esse presente maravilhoso,
a salvação oferecida por Jesus, eu lhe convido a orar em silêncio e entregar sua
vida a Cristo, e depois terminarei com uma oração.
Que Deus lhe abençoe ricamente!

Jeanete Lima de Souza Pinto
Ministério da Mulher e AFAM
Divisão Sul-Americana