Pr. Mark Finley
Quase todas as noites, Lizzie, a garotinha que um dia se tornaria parte da
família Wallenda, tinha que estender os braços na frente de seu pai.
Quando ele voltava para casa do trabalho, cada um dos seis irmãos,
também estendiam seus braços. Eles todos ficavam em fila para receber a
punição. O pai batia nos braços deles com seu cinto até que cada um
começasse a chorar. Ele simplesmente presumia que eles haviam feito
alguma coisa errada naquele dia e que mereciam uma surra. Quando Lizzie
cresceu, as surras se transformaram em espancamentos mais severos. Se
sua mãe alguma vez tentasse interferir, ela seria trancada no quarto por
vários dias. Numa ocasião, o órgão do serviço social tentou socorrer as
crianças. Elas foram distribuídas entre diversas famílias. Lizzie foi
passando de uma casa para outra, até que finalmente decidiu fugir desta
situação. Desde então ela teve que fazer o melhor que podia por si mesma
nas ruas, seu único consolo vinha do álcool e da maconha. Lizzie, em
resumo, foi um caso clássico de alguém sem oportunidades na vida. Sem
chance de ter uma vida emocional saudável – ela havia sido muito abusada,
muito cedo. Sem chance de fazer algo de si mesma. Como você
desenvolveria um senso de auto-estima enquanto é arrastado de um lar
adotivo para outro? Não existe chance de absorver valores positivos – você
consegue apenas aprender a sobreviver nas ruas. Contudo, de algum
modo, essa menina superou a adversidade. Alguns anos depois, você
encontra Lizzie transformada em Angel Wallenda, a equilibrista que se
apresenta para grandes platéias com seu esposo, Steven. Steven Wallenda
era membro da família mais famosa de equilibristas circenses. Quando ele
conheceu Lizzie, ele foi imediatamente cativado por sua afetuosa e
amigável personalidade. Ela havia passado por tanta coisa, e ainda olhava
para tudo com otimismo. Steven a via como um presente que Deus tinha
colocado em sua vida. Depois do casamento, os dois começaram a praticar
juntos números de equilibrismo. Lizzie, agora Angel Wallenda, pareça ter
nascido para aquilo. Ela se superava, muito rapidamente, numa arte que
requeria física, coragem, graça, e nervos de aço. Steven e Angel
começaram a se apresentar em importantes eventos de circo e em
especiais de televisão. Aquela menina que era espancada em casa por um
pai cruel, mantinha a cabeça erguida, e se movia calma e firmemente sobre
o cabo. E ela fazia mais. Angel também demonstrou extraordinária
estabilidade emocional. Quando o câncer ameaçou sua carreira e sua vida,
ela não se desesperou. Ela lutou, e se mostrou como uma fonte de energia
para seu esposo. Quando parte de sua perna teve que ser amputada, ela
não desistiu. Lutou para realizar o impossível. Angel se tornou a única
pessoa na história – você acredita? – a se equilibrar sobre um cabo com um
membro artificial! Apesar de todas as provações, Angel se tornou a
adorável mãe de um saudável, amorável garotinho. Amigos e familiares se
maravilhavam continuamente com sua graça mesmo sob pressão. Ela foi
uma inspiração para pessoas por todo o país que haviam experimentado a
tragédia em suas vidas. Seu esposo Steven a descreve desta forma: “Ela
dá e se dá. Esta é sua natureza. É a sua beleza. Ele me lembra aquela
passagem da Bíblia de Filipenses 4:7. – Ela realmente tema “paz de Deus
que excede a todo entendimento.”(Filipenses 4:17) Como aquela criança
maltratada se transformou na graciosa Angel? Como uma criança sem
oportunidades, se transformou num grande sucesso? E aqueles entre nós
que estão carregando suas cicatrizes do passado, aqueles entre nós que
se sentem prejudicados pelas feridas da infância, também perguntam: –
qual é o segredo? Como superar as tragédias em nossa vida? Parte da
resposta, temos que admitir, é simplesmente que Angel Wallenda era um
ser humano com uma incrível capacidade de recuperação. Ela possuía uma
firme determinação que poucas pessoas possuem hoje. Mas isso ainda não
é tudo. Angel também adotou certas atitudes que todos nós podemos
imitar. Ela teve uma certa perspectiva que nós todos podemos adotar. Em
algum lugar, no início de sua vida, Angel decidiu que ela aprenderia com
as coisas que tinham lhe acontecido. Ela não iria ser destruída pelos
infortúnios; iria aprender com eles – faria deles uma ferramenta de ensino.
A colega de quarto de Angel no hospital notou que, enquanto ambas eram
submetidas ao tratamento, Angel possuía uma experiência que ela
simplesmente não tinha. Ela disse: “Havia algo poderoso sobre a maneira
como Angel insistia que o câncer não iria arruinar sua vida – que ela a
aproveitaria ao máximo. E você via, sua companheira disse, que ela falava
seriamente.” Quando perguntada sobre sua trágica infância, Angel
respondia assim: “Isto me tornou mais forte. Se minha vida tivesse sido
fácil, eu sei que não superaria o que está ma acontecendo agora”.
Infelizmente, a maioria de nós, em vez de aprender com as cicatrizes, nosso
instinto natural é enterra-las, coloca-las bem lá no fundo. Queremos
desesperadamente escapar da dor e então tentamos negar o que
aconteceu. Quem sabe, se fingirmos que o papai não fez nada, os
sentimentos ruins irão embora. Mas é claro, quanto mais profundo
tentamos enterrar a cicatriz, maia a empurramos para dentro, mais
amplamente ela se espalha e é absorvida dentro de nós. Todos os jogos de
faz-de-contas acabam cobrando um preço de nossos sentimentos. Não
conseguimos nos livrar das cicatrizes negando o que aconteceu. A
estranha verdade é que a única maneira de se livrar das cicatrizes é encaralas de frente. Sim, algo feito, trágico, aconteceu. Algo terrivelmente injusto.
Não foi nossa culpa. Precisamos expressar sentimentos reais sobre
ferimentos reais. Em 7 de maio, de 1824, um talentoso compositor regia a
primeira execução de sua nona sinfonia num teatro de Viena. O auditório
estava cheio e a recepção foi entusiástica. Esse homem parecia colocar
muita emoção em sua música, de uma maneira apaixonante e heróica. Ao
final de um movimento a audiência rompeu-se em estrondoso aplauso. Mas
o maestro simplesmente continuou lá, de costas para a plateia,
tranqüilamente virando as páginas de sua partitura. Finalmente, uma
cantora no palco teve que puxa-lo pela manga e apontar-lhe a plateia. Foi
somente então que Ludwig Beethoven, completamente surdo, virou-se e
curvou-se graciosamente. Ele não podia ouvir nada dos aplausos. Ele não
podia ouvir nenhuma nota do que estava regendo. Mas toda a sinfonia
estava lá, em sua cabeça, e ele lhe dava uma dramática e gloriosa
expressão. Beethoven tinha boas razões para apreciar aquela noite
inesquecível. De certa forma ele tinha estado compondo contra seu
passado, transformando feiúra e desapontamento em algo bonito. Talvez
ele se lembrasse de uma cena de anos atrás. Era meia-noite; um garotinho
encontrava-se em sono profundo na casa dos Beethoven. Seu pai chegou
cambaleante de uma taberna com um colega de bebida e asperamente
sacudiu Ludwig e o acordou. O pai exigiu que ele tocasse piano para seu
convidado. E então, de bom grado e limpando as lágrimas da face, o garoto
foi até ao piano e começou a tocar – por horas. O pai de Ludwig sabia ser
áspero e até cruel com seu filho. Um colega de infância de Ludwig recorda
que seu pai muitas vezes usou de surras para forçá-lo a tocar piano. Alguns
acreditam que a surdez de Beethoven pode ser o resultado, pelo menos em
parte, do abuso que ele recebeu quando criança. Então, havia muita raiva
e ressentimento dentro deste talentoso indivíduo enquanto ele crescia.
Mas felizmente ele encontrou uma forma de expressa-los positivamente.
Ele superou a prisão de sua surdez. A música de Beethoven não é apenas
doçura e leveza. É também, clamor e anseio. Mas ele expressou o mais
profundo do seu íntimo; transformou tudo isto num dom, um dom que
emocionou profundamente aquela platéia em Viena. Você sabe, o apóstolo
Paulo também tinha marcas em seu próprio passado que ele poderia ter
tentado esconder. Ele não se orgulhava de muitas coisas que haviam
acontecido em sua vida. Mas ele decidiu ser franco sobre isso; ele se
recusou a negar as marcas. Você pode sentir esta honestidade aqui em II
Coríntios capítulo 6, versos 11 e 13, estas páginas, estas passagens
simplesmente transpiram honestidade, ele diz: “Para vós outros, ó
Coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Ora,
como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós.” (II
Coríntios 6: 11 e 13) As palavras do apóstolo Paulo são claras. O primeiro
passo ao lidar com um passado doloroso é abrir o coração – em vez de se
fechar firmemente ao redor do ferimento. Às vezes, em lugar de tentar
enterrar as cicatrizes, tentamos manobrar para que outros as assumam. É
claro que temos a quem culpar na maioria das cicatrizes do passado. Mas
freqüentemente eles já estão fora de cena. Nunca tivemos uma chance para
confrontá-los, para perguntar por quê? Talvez nunca tivemos a
oportunidade de qualquer reconciliação com eles. E então toda esta
situação inacabada nos impele a culpar o presente. Algumas pessoas estão
sempre fazendo o papel de vítima; elas se sentem desamparadas e mal
compreendidas. Querem que outras pessoas assumam a culpa por elas. E
então se tornam dependentes destas outras pessoas para tentar conseguir
que elas cuidem de suas necessidades. E, infelizmente, elas sempre tentam
fazer as outras pessoas se sentirem culpadas por não satisfazerem suas
necessidades. Existem outras maneiras de manipular; muitas outras
maneiras de brincar de vítima. As injustiças do passado tendem a nos
tornar injustos no presente. Nós nos tornamos involuntariamente
descorteses. Culpamos outras pessoas pelos nossos sentimentos, em vez
de assumir a responsabilidade por eles. Nos tornamos muito dependentes;
lutamos arduamente para fazer os outros se sentirem em dívida conosco.
Mas, isto não nos traz nenhum bem. O problema continua sem solução.
Toda a manipulação do mundo apenas nos traz de volta ao problema. As
cicatrizes permanecem. Não podemos forçar outras pessoas a assumi-las.
O que podemos fazer? Só uma coisa: transformar as cicatrizes em algo
positivo. O único meio de se livrar dos ferimentos é se desfazendo deles.
Permita-me sugerir uma alternativa prática para a manipulação dos outros.
Ela é chamada – perdão. Agora, perdão é uma palavra muito difícil para as
pessoas que têm sido abusadas e traumatizadas por alguém. Elas estão
muito feridas, e o ofensor raramente está arrependido. Como perdoar
alguém que arruinou toda a sua vida? Bem, de fato, o ato de perdoar é um
importante passo em evitar que esta pessoa, arruíne o resto de sua vida. A
lembrança do abuso continua perseguindo porque você tem alimentado
isto com muita raiva e amargura através dos anos. Bem, a raiva faz sentido
quando você sofre abuso. Na realidade, é uma reação apropriada ao abuso.
Como temos dito, desabafar sobre a dor do passado é saudável. Mas,
algum dia, teremos que assumir a responsabilidade sobre como
continuaremos a reagir aos traumas do passado. Vamos ficar
continuamente remoendo isto, ou vamos transformar este passado
negativo em algo mais positivo? Primeiro, teremos que confessar nossa
raiva para Deus e receber Seu perdão. Não nós não somos responsáveis
pela injustiça feita contra nós, mas sim, somos responsáveis pelo modo
como reagimos continuamente a ela. E então, precisamos expressar a Deus
perdão para o ofensor. Perdão não significa dizer que o ofensor agiu certo.
Não significa justificar as ações dele ou dela. O que o perdão significa é
isto: libertar o indivíduo da nossa condenação. Decidimos que não iremos
mais carregar um fardo de ressentimento e condenação por toda parte.
Vamos entregá-lo a Deus. Ouça estas maravilhosas palavras do apóstolo
Paulo em Efésios capítulo 4, verso 32. Pessoalmente, tenho visto Deus usar
estas palavras para transformar o rancor na vida das pessoas. Ouça
Efésios 4, verso 32: “Antes sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em
Cristo vos perdoou.” (Efésios 4:32) Como podemos perdoar o ofensor?
Somente expressando o perdão que Deus nos dá pregado na cruz orando:
“Pai, perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem”. O perdão nos liberta do
fardo da condenação. Entregamos o ofensor nas mãos de Deus. Impedimos
que o ofensor destrua o resto de nossa vida. Uma mulher de 48 anos, eu a
chamarei de Janice, viu seu mundo arruinado no dia de seu divórcio.
Depois de 20 anos de casamento, seu marido a deixou por uma mulher 20
anos mais nova. Ela perdeu tudo, incluindo sua casa com todas suas
preciosas lembranças – seus filhos, família. O tempo passava, Janice via
crescendo sua amargura e desespero. Mas, ela começou a ler a Bíblia. Ela
estava procurando respostas para sua própria vida e encontrou esta
passagem em Efésios que nós acabamos de mencionar. Ela decidiu colocála em prática. Janice se ajoelhou e disse a Deus que estava perdoando seu
esposo, libertando-o de sua condenação. Pouco tempo depois disso, ela
foi ao casamento de seu filho. Seu ex-marido havia planejado encontrar
com ela antes do ensaio do casamento – sabendo que poderia ser um fim
de semana muito difícil. Ele achava que precisavam conversar. No sábado,
na noite do encontro, Janice chegou cedo na igreja, sentou num dos
bancos e orou. Aquilo seria uma prova, mas ela reafirmou sua promessa
de perdoar e se livrar do rancor. Então ela escutou a porta dos fundos da
igreja se abrir, e passos vindo pelo corredor. Janice levantou e virou-se.
Ali, vindo pelo corredor, estava seu ex-marido de 48 anos com sua nova
esposa de 28 anos, uma mulher muito bonita. Este era o momento que
Janice havia temido. Mas agora, havia algo em seu coração, mais forte que
o rancor. Ao se encontrarem, Janice colocou a mão no ombro de seu
esposo e disse: “John, eu quero que você saiba que eu fiquei muito
magoada e irada com o que aconteceu com o nosso casamento, mas eu o
perdôo”. E virou-se para a nova esposa dele e disse: “Eu tenho pedido a
Deus para perdoar o meu rancor, e perdôo você”. Então Janice disse aos
dois: “Eu quero que vocês saibam que eu farei o que eu puder para fazer
deste, um fim de semana maravilhoso”. Então ela voltou e se assentou no
banco, tendo finalmente encontrado a paz. Você percebe, somente Cristo
pode nos dar este tipo de paz. E somente o perdão pode nos libertar de um
passado doloroso. É muito melhor ter alguma coisa para dar, do que algo
negativo a que se apegar. Só existe somente uma maneira de se livrar
dessas velhas, dolorosas marcas e cicatrizes, meus amigos: é se
desfazendo delas. Não podemos nos esconder de um passado doloroso;
não podemos negar um passado doloroso. Não podemos manipular os
outros para assumi-lo. Mas podemos transformá-lo em uma dádiva;
podemos nos desfazer dele. Existe um verso familiar em Romanos, capítulo
8, que os cristãos mencionam muitas e muitas vezes quando estão
enfrentando dificuldades. Eu acho que tem um significado especial para
aqueles que estão tentando lidar com os ferimentos do passado. É assim
que a Bíblia viva traduz romanos 8, verso 28: “E sabemos que tudo quanto
nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus
e estivermos nos ajustando aos planos Dele”. (Romanos 8:28) Deus pode
fazer com que todas as coisas contribuam para o bem. Podemos também
dizer: Deus faz com que todas as coisas operem para uma dádiva. Ele pode
nos ajudar a criar algo proveitoso, algo positivo do sombrio e triste
passado. Ele pode nos ajudar a achar aquela viçosa margarida no meio do
lamaçal. Existe uma razão específica porque Deus é especialista neste tipo
de trabalho. Ele passou por isto. Deus se dispôs a sofrer o pior que
pudesse existir a fim de nos oferecer a maior dádiva. Ouça a descrição de
Paulo sobre o grande ato de Jesus na cruz, em Efésios 5, verso 2: “E andai
em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por
nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Efésios 5:2) Paul
está falando sobre um horrível instrumento de tortura e humilhação: a cruz
romana. Ele está se referindo àquele dia sombrio quando um homem
inocente foi açoitado impiedosamente, e zombado enquanto o sangue
corria em suas costas. Ele está se referindo à ocasião em que o cordeiro
de Deus foi levado ao massacre por homens cruéis e insensíveis. Falar
sobre injustiça? Falar sobre as feridas e cicatrizes? Pense no que poderia
estar se passando na mente de Jesus enquanto Ele pendia na cruz. Pense
nas vozes que ecoavam em sua mente. Judas cumprimentando-o, traindoo com um beijo. Seus três discípulos mais chegados dormindo enquanto
ele agonizava no Getsêmani. Todos eles fugindo dentro da noite enquanto
ele era preso. A voz de Pedro no pátio negando até mesmo que tivesse
conhecido Jesus. As estridentes e frenéticas expressões da multidão
gritando, “Crucifica-o! Crucifica-o!” o som da água respingando enquanto
Pilatos lavava as mãos declarando: “Estou inocente do sangue deste
justo”. A zombaria dos sacerdotes rodeando o local da execução. Jesus
poderia ter ficado amargurado com seu sofrimento. Ninguém parecia
compreender. Ninguém apreciava seu infinito sacrifício. Mas,
milagrosamente, Jesus não foi derrotado pela situação. Ele não se
envolveu na dor. Em vez disto Ele a transformou numa dádiva. Paulo nos
conta que Jesus “deu a si mesmo por nós”. Ninguém tirou-lhe a vida. Ele a
deu livremente. E como resultado, aquela cena de horror e matança se
transformou numa “oferta e sacrifício perfumados para Deus”. Se tornou a
dádiva suprema. Deus faz com que dádivas inestimáveis apareçam onde
menos esperamos. E o Cristo que transformou a cruz de um instrumento
de horror em um instrumento de salvação pode ajudá-lo . Ele pode
transformar suas cicatrizes em algo positivo, algo que você possa dar. Ele
passou por isto. Ele tornou isto possível. Amigo, você tem fingido sobre
seu passado? Ficar negando a verdade, requer muita energia. Você tem
tentado forçar outros a manipulando os outros de diversas maneiras?
Jesus tem uma saída, uma sugestão simples para você. Livre-se de suas
cicatrizes se desfazendo delas. A dor pode lhe dar uma empatia especial
para com aqueles que estão em dificuldade. Você pode usá-la para ajudar
as pessoas. Sua tragédia pode lhe dar discernimento, energia para
contribuir de maneira positiva. Jesus pode ajudá-lo a encontrar este dom.
Deixe-o começar a trabalhar em sua vida agora mesmo. Abra o coração
para ele. Abra todos os cantos escuros; todos os segredos do passado.
Seu infortúnio está seguro com ele. Leve-os a ele agora mesmo, aos pés
da cruz.
ORAÇÃO Querido pai, nos achegamos a Ti, neste momento, com a carga
do passado. Estamos sobrecarregados de todas as formas, mas queremos
colocar tudo aos pés do Salvador que transformou crucifixão em vida
eterna. Confessamos nossa necessidade; confessamos o modo
pecaminoso com que tentamos lidar com nossos problemas. Te
agradecemos por Teu generoso perdão e graça. Obrigado por Teu espírito
criador. Agora, faça todas as coisas trabalharem juntas para o bem, em
uma dádiva e ajuda-nos a crescer com esta dádiva. Em nome de Jesus,
amém