A Multiplicação dos pães

Confiarei – Novo HA, nº 344


SAUDAÇÃO
Bem-vindos à sexta Quarta de Poder!

É muito bom fazermos uma pausa
no meio da semana e virmos a uma reunião de oração! Estamos estudando alguns dos milagres de Jesus e como eles nos encorajam a crer, amar
e servir ao Deus que continua realizando milagres hoje, no contexto do
tempo do fim! Nesta noite, vamos refletir no milagre realizado a uma
multidão quando Jesus multiplicou o alimento.


INTRODUÇÃO
Quando situações problemáticas acontecem, procuram-se soluções que
diminuam o impacto negativo. Por exemplo, mudar-se para longe de
amigos e familiares, mudar de emprego, organizar um almoço ou festa e
aparecerem mais pessoas do que se esperava. As pessoas envolvidas vivenciarão algum nível de estresse e precisarão buscar maneiras de diminuí-lo
em vez de aumentá-lo. Uma dessas maneiras é considerar a situação problemática como uma oportunidade.

O primeiro milagre da multiplicação dos pães e peixes é provavelmente
um dos milagres mais populares e nos proporciona lições preciosas para
lidar com situações difíceis no dia a dia. O relato bíblico está em João,
capítulo 6, versos 1 a 13, NAA:
Depois dessas coisas, Jesus atravessou o mar da Galileia, que é o de
Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque tinham visto
os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. Então Jesus subiu ao
monte e sentou-se ali com os seus discípulos. Ora, a Páscoa, festa dos
judeus, estava próxima. Então Jesus, erguendo os olhos e vendo que
uma grande multidão se aproximava, disse a Filipe: Onde compraremos pão para lhes dar de comer? Mas Jesus dizia isto para testá-lo,
porque sabia o que estava para fazer. Filipe respondeu: Nem mesmo
duzentos denários de pão seriam suficientes para que cada um recebesse um pedaço. Um dos discípulos, chamado André, irmão de
Simão Pedro, disse a Jesus: Aqui está um menino que tem cinco pães
de cevada e dois peixinhos. Mas o que é isto para tanta gente? Jesus
disse: Façam com que todos se assentem no chão. Havia muita relva
naquele lugar. Assim, os homens se assentaram, e eram quase cinco
mil. Então Jesus pegou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os
entre eles; e igualmente os peixes, tanto quanto queriam. E, quando
já estavam satisfeitos, Jesus disse aos seus discípulos: Recolham os
pedaços que sobraram, para que nada se perca. Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que
sobraram depois que todos tinham comido.
Este primeiro milagre de multiplicação de pães foi realizado para uma
multidão de judeus, próximo ao lago. A segunda multiplicação aconteceu com a multidão de gentios, na região de Decápolis. Tudo começou
com a reunião de confraternização entre Jesus e os discípulos para que
estes descansassem e conversassem sobre a viagem que haviam feito. Eles
voltavam de uma campanha evangelística em que realizaram milagres
e pregaram o evangelho, no poder de Deus (Mt 10:7,8; Lc 9:6). Jesus
planejou estar a sós com eles. Escolheram um local isolado para não
serem perturbados. As pessoas sentiram falta de Jesus no meio deles e
começaram a procurá-Lo. Alguns vinham pela terra, outros, de barco.
Como se aproximava a Páscoa, viajantes de todos os lugares vieram para
ver Jesus. A multidão ia aumentando e O aguardava na praia. Cerca de 5
mil pessoas se reuniram ali.
Jesus passou algum tempo com os discípulos e foi atender a multidão,
que parecia “ovelhas sem pastor”. Os líderes religiosos não os alimentavam espiritualmente. Muitos queriam ouvir a mensagem de salvação que
Jesus lhes dava. As curas e milagres que Ele realizava levavam alegria e
vida aos doentes. Outros seguiam Jesus por causa dos benefícios que Ele
poderia lhes prestar, e não por causa de Sua mensagem. O que ocorreu
naquela época não é diferente do que acontece hoje. Quantas pessoas
querem se beneficiar de Jesus, mas não querem nenhum compromisso
com Ele e com Sua Palavra! Há pessoas que procuram um evangelho que
lhes prometa conforto, e não sacrifício; sucesso, e não renúncia; riqueza
na terra, e não a bem-aventurança no Céu. Há pessoas que desejam um
evangelho onde elas são o centro, não o Senhor.
O dia estava terminando, o sol começava a descer no horizonte. Os discípulos pediram que Jesus despedisse as pessoas para que elas pudessem
comprar alimento no caminho. Afinal, passaram o dia todo sem se alimentar e estavam com fome. Jesus não achou elegante despedir as pessoas com fome. A maneira como Jesus lidou com esse problema e realizou o milagre é curiosa, por ser uma abordagem bem diferente dos outros
milagres. Em geral, Jesus agia sozinho para realizar os milagres: Ele falava
com o doente ou o tocava. Aqui, os discípulos participaram ativamente
do milagre. Em primeiro lugar, Ele chamou a atenção de Filipe para o
problema, no verso 5: “Onde compraremos pão para lhes dar de comer?”
Essa pergunta, vinda de Jesus, não fazia sentido. Os discípulos presenciaram milagres e curas acontecerem apenas com uma ordem direta de
Jesus: demônios foram expulsos, doentes foram curados, a tempestade
foi acalmada, e mortos receberam a vida de volta.
Filipe respondeu que eles não tinham condições de resolver (v. 7): “Nem
mesmo duzentos denários de pão seriam suficientes para que cada um
recebesse um pedaço”. Surgiu um terceiro personagem, André, com uma
solução que ele mesmo reconheceu que não daria certo (v. 8, 9). Ele
encontrou “um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos.
Mas o que é isto para tanta gente?” Eles estavam focados no problema,
que os perturbou de tal maneira que os cegou. A fé deles ainda não
estava madura. Era uma fé teórica, de conhecimento teórico, mesmo
presenciando tudo o que viram até ali. A fé prática e madura confia e age
em parceria com Deus. Mas, nesse momento, eles nem se lembraram de
pedir que o Salvador resolvesse a situação.
E nós, o que fazemos diante de situações desafiadoras? Como reagimos?
Analisamos todas as possíveis soluções e oramos a Deus desesperados
porque não há solução? Oramos a Deus repetindo constantemente a solução que desejamos e até fazemos algum tipo de barganha, prometendo
algo em troca? Nossa fé é madura para orar, apresentar o problema a
Deus e confiar que Ele resolverá? Infelizmente, muitos de nós se encontram na mesma situação dos discípulos em questão de maturidade da fé.
Em geral, concentramo-nos no que falta, nos problemas, e tornamo-nos
ingratos, negligentes, lamentadores ou procrastinadores. Nossas emoções adoecem. Nossa fé adoece.
Por outro lado, Jesus nos deixou um exemplo saudável para lidar com
situações estressantes. Ele concentrou Sua atenção no que faria para
alimentar a multidão faminta (Jo 6:6). Ordenou que os discípulos entrassem em ação e fizessem as pessoas se sentarem. A seguir, abençoou
o pouquíssimo alimento que os discípulos encontraram e os enviou a
distribuir esse pouco alimento para a multidão. Ao distribuir o alimento
e perceber que ele não se acabava, que as pessoas tinham liberdade para
comer quanto quisessem até ficarem saciadas e que sobraram doze cestos
cheios de alimento, os discípulos foram confrontados com sua “fé teórica” e deram passos importantes rumo à “fé prática, madura”.


Com esse relato, percebemos que precisamos buscar a Deus para ser curados e para compreender Sua mensagem por meio da Palavra, da Bíblia;
que os problemas difíceis ou insolúveis são uma tremenda oportunidade
para o amadurecimento da fé; que, ao nos depararmos com dificuldades,
o melhor a fazer é reagir como Jesus, concentrando-nos na resolução
dos problemas, convictos de que Deus está conosco. Esse relato também
nos mostra que alguns milagres serão realizados com nossa colaboração.
Quando enfrentamos nossos dramas, Ele já os conhece e já sabe o que
fará para resolvê-los. Ainda que nossos recursos materiais, psicológicos
ou espirituais pareçam escassos, e pensemos que não haverá uma forma
de resolver um problema, Deus mostra que, através de Jesus e da atuação
do Seu Santo Espírito, Ele pode suprir cada uma de nossas necessidades
e acalmar nosso coração.


Saiba Mais! Leia Mateus 14:13-21; Marcos 6:32-44; Lucas 9:10-17 e White,

  1. O Desejado de Todas as Nações, Capítulo 39: Alimento para todos.